O lugar patrimonial e a revitalização portuária

Os projetos urbanos de revitalização portuária coincidem com uma mudança
na abordagem patrimonial – num primeiro momento, pela inclusão de áreas
residenciais, ou tecidos urbanos tradicionais, como objetos de preservação, tanto em seu próprio direito como entorno de determinados monumentos; e, numa segunda instância, pela inclusão de elementos imateriais como patrimônio. A representação desses novos objetos, contudo, é mais problemática do que das suas contrapartes monumentais – e, com isso, igualmente problemática se torna a proteção e salvaguarda dos bens que dependem desses aspectos imateriais, já que da dificuldade de descrever decorre a dificuldade de prescrever. Nesse contexto, é oportuno entender o espaço significado, na sua dupla leitura de território e de lugar,  respectivamente espaço institucionalizado e poético. A atribuição de sentido ao espaço é característica não apenas d o patrimônio imaterial, mas também dos aspectos imateriais do patrimônio construído. Território e lugar
podem contribuir para a gestão patrimonial ao evidenciar as relações sociais
envolvidas na valorização dos bens patrimoniais, simultaneamente permitindo que diferentes espacialidades sejam reveladas e seus potenciais conflitos trabalhados de forma clara.
Palavras-chave: lugar; patrimônio; zona portuária.


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Autores

Ano do texto: 2010

Citação ABNT

PARAIZO, R. C.. O lugar patrimonial e a revitalização portuária. In: I ENANPARQ, 2010, Rio de Janeiro. Arquitetura, cidade, paisagem e território: percursos e prospectivas/ I Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (DVD-ROM). Rio de Janeiro: PROURB, 2010.

Atualizado em 2020-08-05 05:37 por Raissa Paim.

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