RESUMO
O registro fotográfico da cidade nasce com a própria fotografia – é de se notar que a primeira fotografia de uma pessoa, feita inadvertidamente em 1838, tinha como tema principal, na realidade, um dos boulevares parisienses.
Fotógrafos pioneiros, como Eugène Atget, em Paris; Augusto Malta no Rio de Janeiro; e Militão de Azevedo, em São Paulo, nos legaram um registro das idades no séc. XIX e início do séc. XX. Posteriormente, Cartier-Bresson, Robert Doisneau, Marc Riboud, entre outros, inauguram a “Fotografia Humanista”, preocupada com o homem em suas relações sociais e urbanas. No Brasil, Marcel Gautherot e Cristiano Mascaro também registraram, poeticamente, aspectos muito particulares das nossas cidades. Atualmente, câmeras digitais e a Internet possibilitam a difusão de novos olhares e,
nesse contexto, a ” Street Photography ” se consolida como um subgênero capaz de abrigar a exploração visual das cidades e nos revelar novos aspectos de suas identidades. Portanto, este artigo tem como objetivo estudar as relações “simbióticas” entre Fotografia e Cidade, entendidas a partir da premissa de que a Fotografia tem na Cidade uma fonte temática inesgotável para sua exploração; e a Cidade, por sua vez , tem na Fotografia um meio de construção visual de suas próprias identidades.
PALAVRAS-CHAVE: Fotografia, Cidade, História, Urbanismo, Humanismo, Identidade.
Autores
Ano do texto: 2025
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