Resumo
Caminhamos atualmente para a digitalização tridimensional das cidades mundiais, que gradativamente tornam-se amplamente disponíveis ao público em geral, transformando profundamente o modo como são entendidas as múltiplas dimensões da complexidade urbana. Ferramentas como o Google Earth, que introduz uma nova dinâmica de representação e visualização das cidades; ou o programa CityScape, que torna a modelagem urbana um processo quase lúdico similar ao dos videogames, oferecem a rapidez e a automação necessárias para uma popularização da construção de cidades digitais. Nesse sentido, devemos refletir sobre como podem ser os caminhos
metodológicos para a abordagem do tema em um contexto de pesquisa patrimonial e urbana. Ainda que a realidade de cada objeto de trabalho seja específica, partimos da necessidade de um entendimento conceitual fundamental que possa nortear a primeira aproximação ao problema, e a partir daí buscar as adaptações metodológicas necessárias de acordo com as contingências de cada caso. Entendemos a excessiva automatização das ferramentas e técnicas de modelagem digital urbana como incompatíveis a uma adequada compreensão do objeto, na medida em que o foco de importância deve se deslocar do produto final para o próprio processo de construção, entendido fundamentalmente como o espaço de elaboração do conhecimento da pesquisa. Tal como as cidades reais, suas versões
digitais devem ser entendidas como obras abertas, sempre passíveis de serem modificadas e ampliadas.
Palavras-chave: Cidade Digitais, Rio de Janeiro, Metodologia.
Autores
Ano do texto: 2025
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